quarta-feira, 25 de julho de 2007

Panorama Musical - Parte 1

Tenho estado o mais atento possível ao panorama musical. Tenho corrido os canais todos de música para ver as novidades, mas acima de tudo para evitar os canais generalistas e afins para não me entediar até à letargia durante os poucos minutos que tenho disponíveis para estourar à frente da tely.
E eis que vejo a publicidade do sudoeste summer festival, pouquíssimas são as bandas que gostaria de ir ver... se não me engano cerca de duas... Mas há um que tenho obrigatoriamente de comentar, porque é realmente mais forte do que eu! Mas a rodos! O Manu Chau.

Eu nunca gostei da besta, é deveras uma verdade, mas agora anda a bater todos os recordes do ridiculamente abusrdo! Senão vejamos a letra da sua ultima musica. Tentem, se forem capazes, de lerem maquinalmente os versos, como se estivessem a ler um texto, em voz alta e de preferência com pessoas à volta (e que sejam vossas amigas e não facilmente chocáveis) para sentirem todo o incrível impacto da mensagem. Sim porque no estilo de música dele, o que se diz na letra é o mais importante. Temos de transmitir uma mensagem vital e universal usando como veículo de transporte a música. Estão prontos? Aqui vamos nós!

"Clandestino
Clandestino

Clandestino
Clandestino

Clandestino
Clandestino

Quando entra ilegal"

Podem dar-lhe um leve sotaque espanhol, se quiserem, tornar as coisas mais realistas e ainda mais estúpidas!
Não é difícil de analisar a letra.
Ora és clandestino quando entras de forma ilegal. Ai... Tu queres ver? Não...! Não acredito! Isso quer dizer se ele entra de forma legal não é clandestino! Ui! Agora sim consigo compreender em toda a plenitude o sofrimento dos emigrantes ilegais!
Por favor!!!!!!!!!! Mas o que é isto!!!!!!!!!!
Se eu tivesse a sorte de já ter uma filha de 4 ou 5 anos, até ela mesma, apesar de ser tolheita de pensamento lógico e correcto devido aos fracos genes herdados do pai, conseguiria compreender de forma mais clara todo esta (pelos vistos simples - a rondar o 1 + 1 = 2) problemática, que é a emigração ilegal.
Mas vocês dizem e muito bem: "ah pois é Uruk, mas a tua filha não teria mais de 95% do cérebro a ser alimentado a ganza em vez de oxigénio, tendo cada uma das sinapses o patrocínio de um role infindável de tudo o que é ilegal (incluindo after shaves)". Ups, se é ilegal é clandestino! Obrigado Manu Chau! O que eu seria sem ti!
Pronto, talvez esteja a ser injusto, se realmente eu tivesse o cérebro todo queimadinho por drogas até perder completamente a capacidade de compreender frases complexas como: "está frio hoje", em que se entra com uma vertente da ocorrência, mais de um parâmetro ambiental e inclui ainda um temporal (três factores - logo muita fruta! - como diria o outro: já dá para fazer um menage), se assim fosse de facto talvez as letras do Manu Chau fossem uma verdadeira bênção, sendo a única letra neste planeta com a qual me conseguisse identificar, porque era a única que compreendia apesar do esforço.

Ou seja, infelizmente não sou o público-alvo do Manu Chau...

Um comentário:

Aeoinus disse...

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!!!! Uma verdadeira pérola!!!!! Grande letra!!